O ENSINO DE CALVINO SOBRE A SEGUNDA VINDA
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Por: Helio Clemente
– A Segunda Vinda de Cristo será um evento único: Na mesma ocasião que virá buscar a sua igreja, Jesus Cristo fará a separação dos bodes das ovelhas, chamará todos os mortos à vida, isto é, ressuscitará tanto crentes como descrentes, e julgará toda a raça humana de todos os tempos.
– Será uma vinda visível para toda a humanidade: A volta de Cristo será uma vinda visível, percebível e notória a toda a humanidade.
– Estabelecerá o fim da história humana: Na Segunda Vinda de Cristo se dará o fim da história humana. Calvino chama este dia (em consonância com as Escrituras) de “o último dia” – o dia derradeiro da história humana.
– Encerrará a oportunidade de salvação: Depois da Volta de Cristo não haverá mais oportunidade de salvação.
– A ressurreição escatológica será um evento único: Haverá apenas uma ressurreição física tanto para justos quanto para ímpios, a qual se dará num mesmo dia – o dia do Juízo Final.
– O Julgamento dos homens (tanto de justos quanto de ímpios) será um evento único: O Juízo Final encerrará a história na terra.
– Quanto ao milênio: Não deve ser entendido como a bem-aventurança da igreja nos últimos tempos, mas com as diversas tribulações que a igreja militante haverá de ser afligida (entre a primeira e a segunda vinda de Cristo).
– O reino de Cristo não está limitado por um período de mil anos literais: Delimitar o Reino a um período de mil anos literais é algo que só pode ser classificado como um delírio, o Reino de Cristo é eterno e de natureza espiritual. No último dia, Cristo entregará o Reino a Deus o Pai, cumprindo o seu ofício de reger e conservar a igreja (entenda-se: somente os eleitos) que Deus havia confiado em suas mãos, portanto, a natureza do Reino de Cristo não está ligada a sinais exteriores nem a comodidades materiais desta vida, não está circunscrito a um lugar, à nação de Israel ou a um governo mundial teocrático com sede em Jerusalém ou em Roma, mas reside na consciência e no espírito do povo de Deus:
“Não vem o reino de Deus com visível aparência… porque o reino de Deus está dentro de vós”.
Após a Segunda Vinda a vida a terra não terá o seu começo, mas a sua consumação; o que acontecerá depois não será mais na terra, mas no Céu.
Deuteronômio 32,22: “Porque um fogo se acendeu no meu furor e arderá até ao mais profundo do inferno, consumirá a terra e suas messes e abrasará os fundamentos dos montes”.
O número dos predestinados à salvação – pequenino rebanho: Portanto, para Paulo, o povo conhecido de antemão equivale a diminuta porção dele misturada à grande massa (de cristãos professos), a qual arvora falsamente o nome de Deus. Também em outro lugar, para reprimir a jactância daqueles que, apenas cobertos de máscara, diante do mundo arrogam para si as primeiras posições entre os piedosos, Paulo diz que Deus conhece os que são seus.
2 Timóteo 2,19: “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor”.
Enfim, com esse termo, Paulo nos aponta dois povos entre os cristãos professos: um, composto de toda a descendência de Abraão (a igreja local); o outro, à parte deste e que, recôndito sob os olhos de Deus, jaz oculto à vista dos homens (os eleitos).
(os eleitos) – Somente estes últimos receberão a salvação.
Não há dúvida de que ele tomou isto de Moisés, o qual afirma que Deus é misericordioso para com aqueles a quem assim quis proceder.
Êxodo 33,19: “Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer”.
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