Cristo Cumpriu E ACABOU COM o Regime do Antigo Testamento
A glória de Jesus Cristo brilha ainda mais claramente quando O vemos em sua relação apropriada com o Antigo Testamento. Ele tem uma relação magnificente com tudo o que foi escrito. Não é surpresa que este seja o caso, pois ele é chamado de o Verbo de Deus encarnado, o Verbo é a Palavra de Deus.
João 1,14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
Não seria a Palavra de Deus encarnada a representação e a consumação da Palavra de Deus escrita? Considere estas breves declarações e os textos que as suportam.
1 – Toda a Escritura testemunha de Cristo: Moisés escreveu sobre Cristo.
João 5,45-47: “Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança. Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras (Deuteronômio 18,18)?”.
2 – Toda a Escritura é sobre Jesus Cristo: Mesmo quando não há uma predição explícita, há uma plenitude de implicação em toda a Escritura que aponta para Cristo e que foi satisfeita somente quando ele veio e realizou a sua obra, o significado de toda a Escritura é desvendado pela morte e pela ressurreição de Jesus.
O grande pregador inglês do século XVIII – Charles Spurgeon – diz o seguinte: Onde quer que você fure a Escritura jorra o sangue do Cordeiro. Toda a Escritura é sobre Cristo, como explica Jesus aos seus discípulos no caminho de Emaús, lembrando que a Escritura àquele tempo era somente o Velho Testamento.
Lucas 24,27: “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras”.
3 – Jesus veio para cumprir o que estava escrito na Lei e nos Profetas: Toda a lei e todas as profecias do Velho Testamento apontam para ele, mesmo onde não havia algo explicitamente profético. Ele cumpriu de forma cabal e definitiva o que a Lei requeria.
Mateus 5,17-18: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”.
4 – Todas as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas em Jesus Cristo: Isto significa que, quando você está em Cristo, mais cedo ou mais tarde você terá tudo mais que Deus prometeu no Velho e no Novo Testamento através de Cristo.
2 Coríntios 1,20: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio”.
5 – A lei foi guardada perfeitamente por Cristo: Todas as penalidades da lei contra o povo de Deus, um povo tão pecador quanto aqueles que não fazem parte dele, foram imputadas a Cristo: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado em nosso lugar”.
Desta forma, o mérito humano não é mais o caminho para justiça; somente Cristo é o caminho, ele mesmo nos afirma categoricamente que é o único caminho. O objetivo último da lei é que possamos conhecer nossos pecados e olhar para Cristo como o único Senhor e Redentor de seu povo que lhe foi dado por Deus antes da fundação do mundo.
Romanos 10,4: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”.
Portanto, com a vinda de Cristo tudo foi mudado:
– Os sacrifícios de sangue cessaram, pois Cristo cumpriu tudo para o que eles estavam apontando. Ele foi o sacrifício final, único, completo e eterno.
Hebreus 9,12: “Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”.
– O sacerdócio, que ficava entre o adorador e Deus, não existe mais.
Hebreus 7,23-24: “Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável”.
– O templo físico cessou de ser o centro geográfico da adoração. Agora, o próprio Cristo é o centro da adoração. Ele é o “lugar”, a “tenda” e o “templo” onde encontramos Deus. Portanto, o Cristianismo não tem centro geográfico: Nem Meca, nem Roma ou Jerusalém, nem nos templos locais.
João 4,23: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”.
Onde quer que o crente esteja, todo o louvor e adoração podem ser dirigidos a Deus em o nome de Jesus.
Mateus 18,20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”.
– As leis alimentícias, que colocavam Israel aparte das nações, foram cumpridas e acabadas em Cristo.
Marcos 7,18-19: “Então, lhes disse: Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puros todos os alimentos”.
– O estabelecimento da lei civil sobre a base de um povo etnicamente fixado, cessou. O povo de Deus não é mais um corpo político, religioso ou racial, mas são peregrinos e forasteiros entre todos os grupos religiosos, étnicos e nações.
Portanto, a genuína obediência, sendo enraizada na fé em Cristo, não pode ser coagida pela lei civil, militar ou mesmo religiosa. A obediência agora é fundamentada na Palavra de Deus, não no cumprimento cego da lei, mas expressa na fé em Cristo, que é um dom de Deus ao seu povo.
João 18,36: “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”.
A lei moral: Apesar das leis cerimoniais e civis do povo de Israel terem sido abolidas no NT, e a lei moral, sintetizada nos dez mandamentos, ter sido cumprida plenamente em Cristo, a lei moral permanece eternamente, resumida por Jesus a dois mandamentos.
Mateus 22,37-: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.
Mas agora, o crente, justificado em Cristo, tem a comunhão permanente do Espírito, que opera nele tanto o querer como o realizar, de fato, o Espírito efetua nos crentes e nos descrentes tanto o querer como o realizar, o que não retira de nenhum deles a responsabilidade pelos seus atos:
A responsabilidade não pressupõe a liberdade, mas a existência da lei e de um Juiz Supremo com autoridade para julgar.
Tanto antes como hoje, o homem é responsável perante Deus pelas suas ações, por isto somos advertidos pelo apóstolo para desenvolver a salvação, sabendo que todas as coisas provém de Deus, mas a responsabilidade do homem permanece para sempre diante daquele Juiz Supremo, a quem todos irão prestar contas naquele último e terrível dia.
Filipenses 2,12-13: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
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