“A verdadeira doutrina da eleição é a seguinte. Deus se agradou em escolher alguns homens e mulheres para serem salvos por Jesus Cristo, através seu conselho, que nos é secreto. Ninguém é salvo, a não ser aqueles que são escolhidos. Por essa razão, as escrituras chamam o povo de Deus, em várias passagens, de ‘eleitos de Deus’ e a escolha dessas pessoas para a vida eterna de ‘eleição de Deus’. Esses homens e mulheres escolhidos por Deus para toda a eternidade são chamados pelo Espírito Santo, no tempo devido. Ele os convence do pecado. Ele os guia a Cristo. Ele trabalha para que se arrependam e tenham fé. Ele os converte, renova e santifica. Ele os mantém, pela sua graça, de cair na perdição e, finalmente, traz a todos para a glória, salvos. Resumindo, a eleição de Deus é o primeiro elo na salvação do pecador, cujo fim é a glória celeste. Portanto, ninguém se arrepende, crê e nasce de novo, a não ser os eleitos. A causa principal e original para que um santo seja da forma que é, é justamente a eleição de Deus.”
J. C. Ryle
“Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus” I Ts 1: 4.
“Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição” 2 Pe 1: 10.
Os versículos que encabeçam esse tratado possuem uma palavra muito peculiar. Essa palavra permeia a mente e a língua humana, de uma costa a outra da Grã Bretanha. Esta palavra é “eleição”.
São poucos os ingleses que desconhecem a ideia geral de eleição ao Parlamento. São muitos os infortúnios que surgem em tempos como esses e paixões iníquas são evocadas. Disputas antigas são desenterradas e outras mais são criadas; promessas são feitas apenas para serem quebradas; declarações falsas, mentiras, entorpecimento, intimidação, opressão e bajulação abundam em todos os lados. Em nenhum outro momento o ser humana faz um papel tão ridículo de si mesmo quanto nas eleições!
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