O IDEALISMO – HEGEL, COMTE E NIETZSCHE
OS PRIMÓRDIOS DA DIALÉTICA (RESUMO)
Por: Helio Clemente
Hegel (XIX d.C.):
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão do século dezenove. Em Hegel o idealismo de Kant atinge o seu ápice, onde a realidade é definida como o vir a ser do empirismo explicado pela dialética incipiente de Kant levada às últimas consequências e elevada ao único processo filosófico válido para aquisição do conhecimento. Este processo foi chamado de dialética dos opostos, onde são apresentadas a tese, uma proposição defendida por certo número de pessoas, a antítese, que é uma proposição contrária ou adversa apresentada por outro grupo de pessoas, estas duas proposições são discutidas através de um coordenador ou facilitador para que todo o grupo seja conduzido à síntese destas propostas, uma posição intermediária que leve concordância a todos os participantes.
Desta forma, o relativismo da filosofia kantiana é levado a um extremo prático onde a verdade simplesmente deixa de existir para dar lugar a um consenso grupal que é sempre relativo e sujeito a novas mudanças. Este processo dialético é a base do marxismo, do socialismo e do irracionalismo na igreja cristã, e cresce assustadoramente em todo o mundo, inclusive e principalmente dentro da igreja cristã, constituindo-se na força motriz avassaladora que atende aos ideais iluministas de domínio mundial e de construção da religião ecumênica.
A dialética nega a existência de uma moral universal procedente as leis de Deus. Conforme a dialética hegeliana, as guerras e o predomínio das diversas civilizações e estados na história da humanidade são inevitáveis e necessárias; esta não é uma afirmação moral, mas relativa, pois de acordo com o princípio dialético, o vencedor tem sempre razão sobre o vencido pelo simples fato de ser vencedor.
Auguste Comte (XIX d.C.):
O positivismo: Auguste Comte, filósofo Francês do século dezenove, foi inicialmente secretário do conde Henri de Saint-Simon, juntamente com o qual defendeu os princípios do socialismo utópico – “Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto” (1819). Mas logo rompeu com Saint-Simon e partiu para o trabalho individual, sua principal obra é o “Sistema de Política Positiva” segundo a qual apresenta uma concepção do mundo não teológica e não metafísica, ou seja, abandona completamente o conceito de Deus e propõe todas as soluções sociais a partir do humanismo pleno.
Contrapondo-se a Calvino ele apresenta no final desta obra as “Instituições da Religião da Humanidade”. Comte é um dos precursores do marxismo.
Nietzsche (XIX d.C.):
Friedrich Wilhelm Nietzsche, filósofo alemão do século dezenove. Nietzsche foi um ateu convicto, ele negou a Deus e a todos os valores baseados em Deus e na revelação em uma forma violenta de nihilismo e argumenta que o Deus teísta teria que ser obrigatoriamente autocausado, o que considerava impossível, além disto, ele argumentava que a existência do mal no mundo eliminaria a possibilidade da existência de Deus.
Nietzsche afirmava que Deus era um mito que foi útil à humanidade durante certo período da história, mas agora era necessário permanecer fiel à terra e que “Deus está morto”. Uma vez que Deus não existe, só existe o mundo, por este motivo, todos devem permanecer fiéis à terra.
A história da humanidade é cíclica e totalmente sem propósito ou objetivo, a única coisa que existe é a vida individual, desprovida de sentido futuro, a ser vivida pela própria capacidade, existindo homens super dotados que superam seus limites, formam o seu destino e definem o destino de outras pessoas mais fracas que devem ser dominadas e subjugadas por estes super-homens acima do bem e do mal e além das leis e fundamentos morais da civilização.
Rejeitou as virtudes do amor, da bondade e da humildade como desprezíveis e valorizou a rudeza de caráter, a impiedade, a desconfiança e a severidade, pois a vida se mantém somente através da luta constante, sem descanso, onde os vencedores podem, a cada instante, tornar-se vencidos, por isso a vida é a vontade e necessidade de poder, de forma incessante, sem pausa.
Desprezou a moral e a religião afirmando a relatividade dos atos morais, sendo tudo permitido aos que conquistam e detém o poder: O conceito do Super Homem de Nietzsche.
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